Humorista Marquito é suspeito de
exigir parte do salário de
funcionários
na Câmara
O humorista e vereador Marco Antônio Ricciardelli (PTB), o Marquito, 56, é investigado pelo Ministério Público por supostamente exigir uma fatia do salário de funcionários da Câmara Municipal de São Paulo.
A Promotoria informou à reportagem que o procedimento de investigação ainda está no começo e foi conduzido inicialmente pelo promotor Cassio Conserino.
O caso foi revelado nesta segunda-feira (8) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, dois ex-funcionários do gabinete do vereador afirmaram ao Ministério Público na semana passada que eram obrigados a entregar parte dos salários.
Um deles disse ter sido obrigado a devolver R$ 3.390 dos R$ 8.000 que recebera de pagamento. O outro, que também ganhara R$ 8.000, teria ficado em um mês com somente R$ 2.500.
A Promotoria teria apreendido um vídeo no qual Edson Roberto Pressi, assessor do vereador e também alvo da investigação, diz a um dos ex-funcionários como funcionava o esquema.
Marquito e Pressi devem ser investigados pela suspeita de terem cometido os crimes de peculato e improbidade administrativa.
A reportagem entrou em contato com o gabinete do vereador na Câmara na manhã desta segunda (28) e recebeu a informação de que tanto Marquito quanto o seu assessor de imprensa não estavam na Casa.
Também procurado por telefone, Pressi não foi localizado. Ao “Estado de S. Paulo”, ele negou as acusações.
VIDA POLÍTICA
O humorista cumpre o primeiro mandato como vereador. Em 2012, ele foi eleito suplente com 22.198 votos. Assumiu uma cadeira após Celso Jatene se licenciar e deixar a casa para ser secretário municipal de Esportes.
Além da função na Câmara, Marquito trabalha no programa do Ratinho, no SBT. Ele é sobrinho do apresentador Raul Gil.
Folha Press
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