A Polícia Militar prendeu na manhã desta quarta-feira, 19, durante velório de Isaac Heleno da Cruz, 28, o “Rivotril” dois jovens identificados como João Paulo Lima dos Santos, de 22 anos, e Felipe Matuzalém Tavares do Nascimento, 19, mais conhecido como “Tinho Mete Bala”. Os dois foram inicialmente apontados como integrantes do grupo antes chefiado por “Rivotril”.
Foto: Felipe Galdino
Polícia fez abordagens para identificar possíveis criminosos
As suspeitas eram as de que eles, juntamente com mais três jovens que ainda são procurados, estivessem envolvidos no atentado ocorrido na noite da última segunda-feira à base da Companhia da PM, instalada no bairro de Mãe Luiza, na zona Leste de Natal. Na ocasião, disparos de arma de fogo foram desferidos contra o prédio. O ataque teria sido uma resposta dos criminosos do bairro em retaliação à captura de “Rivotril”, que naquele momento permanecia numa enfermaria no Hospital Walfredo Gurgel.
Os dois foram presos ao descer de um ônibus alugado pela família de Isaac para levar moradores de Mãe Luiza ao Centro de Velório do Alecrim. João Paulo e “Tinho” foram conduzidos à 4ª Delegacia de Polícia (Mãe Luiza). “Como não era flagrante, registramos um Boletim de Ocorrência e ouvimos os envolvidos, que negaram participação no atentado ou de fazerem parte do bando de Rivotril”, afirmou o titular da DP, Amaro Rinaldo.
Após exames residuográficos, João Paulo foi liberado. “Tinho” foi preso e levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirangi por força de um mandado de prisão por tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, o rapaz atuaria na venda de entorpecentes no Pajuçara e é suspeito de homicídio no loteamento José Sarney.
No velório e enterro de Rivotril, marcados pela comoção e revolta, familiares e amigos chegaram a culpar a polícia e o hospital pela morte. Ontem, a diretora do Walfredo Gurgel, Maria de Fátima Pereira garantiu que sua equipe fez de tudo para salvar Isaac Heleno. “Para nós essas pessoas, ditas criminosas, são pacientes comuns. Fizemos de tudo para salvá-lo, mas a gravidade do ferimento impossibilitou a recuperação”, explicou.
A diretora afirmou que uma das balas atingiu e perfurou o intestino grosso. Com isso, as fezes chegaram ao estômago, causando infecção no retroperitônio – por trás do atrás da cavidade abdominal. A direção descarta a abertura de sindicância para apurar possíveis falhas no atendimento ou mesmo o vazamento de fotos por não ser possível saber quem as produziu. Rivotril morreu anteontem, após oito dias de internação e duas cirurgias antes de falecer. O sepultamento ocorreu às 11h de ontem no Cemitério Parque da Passagem, em Extremoz.
Fonte: Tribuna do Norte