Homem é preso por manter adolescente em cárcere privado por nove meses
Suspeito usa vários nomes falsos e também é investigado pelo desaparecimento de ex-mulher.
Foto: Sérgio Costa
Policiais de João Câmara e da Delegacia da Mulher da zona Norte prenderam, na noite desta terça-feira (26), um homem considerado bastante perigoso e que matinha uma adolescente de 17 anos em cárcere privado, há nove meses. Emanuel Elício Carlos, um dos nomes apresentados pelo suspeito, também é investigado pelo desaparecimento da ex-mulher.
Ele morava com Ederlane Nunes Santos e mais três filhos, no município de Bento Fernandes. No entanto, há nove meses, ele se teria se relacionado com uma adolescente de 17 anos e fugido com ela para Natal. Emanuel estava morando em uma casa no conjunto Vale Dourado, na zona Norte de Natal, porém, não permitia que a adolescente saísse.
Além disso, ele cortou todas as comunicações da jovem com os familiares. A mãe da menina, Maria de Fátima, disse aoPortal BO que o suspeito chegou a ligar para ela, há dois meses, e disse que a filha dela estava morta. “Ele ligou e disse que minha menina tinha morrido no trabalho de parto e havia sido enterrada no Ceará, mas ele fez isso pra que eu deixasse de procurar por ela”, comenta.
Ederlane Nunes
Nesta terça-feira, porém, a adolescente entrou em trabalho de parto e teve que ser levada para um hospital. A moça conseguiu um aparelho celular na unidade e ligou para a conselheira tutelar de Bento Fernandes, informando que estava correndo risco e que precisava de ajuda. Com isso, policiais de João Câmara e da DEAM zona Norte foram até o local e prenderam o homem.
De acordo com Cléobulo Cortez, chefe de investigação da DP de João Câmara, a polícia nem mesmo sabe se Emanuel Elício é o nome verdadeiro do suspeito. Isso porque ele já usou nomes como Samuel, Moisés, Antônio e Janeilson.
“Inclusive, ele esteve na delegacia e registrou um boletim de ocorrência sobre a ex-mulher, Ederlane Nunes, afirmando que ela havia desaparecido e deixado os três filhos. Na ocasião, ele se apresentou como Janeilson. Diante das circunstâncias, a gente investiga a possibilidade de envolvimento dele nesse desaparecimento e até mesmo a hipótese de Ederlane ter sido assassinada”, explicou o policial civil.
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