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quarta-feira, 19 de junho de 2013


Arquiteto assassinado no RN foi morto 




dentro de motel, diz polícia


Corpo de Petronyo Costa foi encontrado no dia 7, em Poço Branco.
Suspeito preso confessou crime e diz que usou toalha para sufocar a vítima.

Do G1 RN
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Vestes de Petronyo Costa foram achadas às margens da lagoa onde o corpo dele foi encontrado (Foto: Igor Jácome/G1)Vestes de Petronyo Costa foram achadas às margens da lagoa onde o corpo dele foi encontrado
(Foto: Igor Jácome/G1)
O arquiteto Petronyo Costa foi assassinado dentro de um motel enquanto dormia e um dos suspeitos preso admitiu que usou uma toalha para sufocar a vítima até a morte. As informações foram repassadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (19), na sede da Degepol, em Natal.

De acordo com a polícia, três homens foram presos sob força de mandados de prisão temporária acusadas de participação no crime. Um deles confessou que praticou sozinho o assassinato, alegando que estava sob efeito de cocaína e "fora de si”. Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito afirmou que não conhecia a vítima, mas que eles teriam se encontrado em um bar, na cidade de João Câmara.O arquiteto foi visto pela última vez com vida no dia 4 deste mês, após deixar um bar na cidade de João Câmara, a quase 80 quilômetros da capital. O corpo dele foi achado três dias depois, dentro de uma lagoa na cidade de Poço Branco, que fica a pouco mais de 60 quilômetros de Natal.

Na versão do suspeito, ele estava no bar bebendo juntamente com outro homem que foi preso, quando Petronyo teria pedido para se juntar a eles. Em seguida os três teriam seguido para um posto de gasolina e de lá foram juntos para um motel a convite de Petronyo. Nesse local, decidiram voltar para o referido posto, onde resolveram deixar o outro homem. A partir daí, o suspeito e Petronyo, teriam, segundo depoimento, seguido para outro motel, onde teria ocorrido o crime. "Ele disse que eles teria tido relação sexual e depois enforcou a vítima com a toalha, enquanto esta dormia", informou a polícia.
Depois do crime, o suspeito disse ter colocado a vítima no banco traseiro do carro, abastecido o veículo no posto e no caminho jogado o corpo no lago por meio de uma ponte, situada emPoço Branco. O carro, segundo ele, foi deixado no bairro de Mãe Luiza, em Natal, e as chaves com os documentos teriam sido jogadas na rua. As imagens das câmeras do posto de gasolina mostram que os suspeitos estavam juntos no dia do crime, conforme o relato.
Em seu relato, o suspeito descartou a presença de outras pessoas no cenário do crime, mas essa versão está sendo contestada pela Polícia Civil, tendo em vista várias contradições no depoimento dos suspeitos. O delegado titular da Delegacia Especializada de Polinter e Capturas (Decap), Ben-Hur Medeiros, responsável pelo caso, espera a conclusão dos laudos das perícias técnicas feitas pelo Itep e no decorrer das investigações descobrir a real participação dos acusados.  “Agora o nosso objetivo é esclarecer toda a verdade. Vamos ver se essa versão contada pelo suspeito é verdadeira e qual o real envolvimento dos acusados nesse crime”, explicou.
Entenda o caso
De acordo com Josafá Araújo da Costa, que é tio de Petronyo e vice-prefeito da cidade deJoão Câmara, o arquiteto foi visto pela última vez com vida na noite do dia 4 deste mês, após sair de um bar que fica nas proximidades da igreja matriz de João Câmara.
O carro de Petronyo foi achado na madrugada do dia 6. O veículo do jovem, um Sandero de cor prata, foi abandonado no bairro de Mãe Luiza, em Natal, perto de uma residência onde foram detidos dois suspeitos. Na ocasião, foram conduzidos à delegacia um adolescente de 16 anos e um jovem de 25 anos, que estavam de posse de um revólver. Mais tarde, dois adultos e um menor de 17 anos também foram presos suspeitos de participar do desaparecimento do arquiteto. Estes últimos foram localizados em João Câmara. Um deles, de acordo com o delegado Antônio Taveira, que iniciou as investigações, foi flagrado por câmeras de vigilância de um posto de combustíveis dirigindo o carro de Petronyo.
Nas imagens, feitas entre as 3h e 4h da quarta-feira (5), Taveira disse que é possível ver que o arquiteto também estava no veículo. A polícia ainda confirmou que o suspeito que aparece nas imagens tem um histórico de crimes. “Ele tem envolvimento com dois homicídios, um quando era menor de idade e outro já quando maior”, disse o delegado. “E também é envolvido com o tráfico de drogas”, acrescentou.
Apesar das evidências, a Justiça não acatou os pedidos de prisão temporária feitas pelo delegado e todos os suspeitos foram soltos.
Na manhã do dia 7, o corpo de Petronyo foi encontrado dentro de uma lagoa no município de Poço Branco, mais precisamente num distrito chamado Pousa, a 60 quilômetros de Natal. Segundo Abelardo Rangel, médico-legista do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), o arquiteto  foi morto por "constrição no pescoço, uma forte pressão que causou o impedimento da respiração”.

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