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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Advogada suspeita de matar marido 



segue internada em clínica no RN



Delegado espera por alta de Cleidimar Oliveira para ouví-la.
Juíza indeferiu pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa.

Arthur BarbalhoDo G1 RN

Crime aconteceu dentro do escritório do casal (Foto: João Paulo Sena)Crime aconteceu dentro do escritório do casal
(Foto: João Paulo Sena)
A advogada Cleidimar de Oliveira Dantas, suspeita de matar o marido a tiros, segue internada em uma clínica psiquiátrica e ainda não foi ouvida pela polícia. O delegado Inácio Rodrigues explica que espera apenas a alta da suspeita para dar seguimento à investigação do crime. A polícia acredita em crime passionalno assassinato cometido na última quarta-feira (18) em Pau dos Ferros, município da região Oeste do Rio Grande do Norte. "No momento ela segue internada e não tem condições de prestar depoimento", disse o delegado.
Na última quinta-feira (19) a juíza Ana Orgette de Souza Fernandes Vieira, da Vara Criminal de Pau dos Ferros, negou o pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa de Cleidimar. Segundo a decisão proferida pela juíza, embora não haja local para a custódia da suspeita no município de Pau dos Ferros, ela pode ser transferida paraNatal.

Na mesma decisão, a juíza manteve a custódia hospitalar de Cleidimar, que deve ser transferida para a capital potiguar assim que receber alta médica.
O crime
O advogado Lafaiete Dantas Júnior, mairo de Cleidimar, foi morto com cinco tiros dentro do escritório do casal logo no início da manhã da última quarta. Vizinhos escutaram os disparos e chamaram a polícia. Quando os agentes chegaram ao prédio foi preciso derrubar a porta do escritório.

“A advogada estava em choque, caída no chão ao lado do corpo do marido, mas ainda com a arma na mão. Lá mesmo ela recebeu voz de prisão e depois a levamos à delegacia. Ela foi medicada e permanece dopada”, acrescentou o delegado Inácio.

O delegado também revelou suspeitar que a advogada pretendia fugir logo após o crime. Dentro do carro da mulher a polícia encontrou R$ 53 mil em espécie. O dinheiro, de acordo com o delegado, foi encontrado logo após ela ser presa. "Não tenho certeza, mas tudo indica que ela pode ter premeditado o crime e estaria pensando em fugir. Por isso ela carregava uma quantia tão alta dentro do carro", revelou. O dinheiro foi entregue aos filhos do casal.

Quanto à arma usada no assassinato, o delegado disse que o revólver, possivelmente um calibre 38, foi enviado para perícia no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). “Por enquanto não podemos sequer dizer de quem é ou se a arma é ilegal”, ponderou.

De acordo com relatos de amigos do casal ao delegado, os advogados eram casados há mais de 20 anos e aparentemente tinham um bom relacionamento. O casal é natural da cidade de Sousa, na Paraíba, e tem dois filhos, de 17 e 21 anos
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