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sábado, 24 de maio de 2014

Secretário de Segurança engana imprensa e antecipa reunião com PM’s, mas negociações travam

Numa manobra que os policiais militares definiram como “esperta”, o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Eliéser Girão Filho, resolveu antecipar a reunião, que estava previamente marcada para às 16h para tratar das reivindicações da categoria.  O encontro remarcado para meio-dia, sem a presença da imprensa, não apresentou nenhum avanço nas negociações.

Com isso, o indicativo para paralisação dos policiais e bombeiros do RN a partir de segunda-feira (26), tornou-se mais forte. A Assembleia que vai definir uma possível paralisação acontecerá às 9h, no Centro Administrativo.
“Não houve nenhum avanço para nós. Pelo contrário, o governo não mostra nenhuma disposição de diálogo e esse o sentimento que levaremos para assembleia que ocorre amanhã (24)”, disse Eliabe Marques, diretor da Associação de Subtenentes e Sargentos da PM e Bombeiros do RN.
Ele acrescenta que os pontos mais importantes sequer foram debatidos na reunião. “O secretário não tocou na questão da reposição dos subsídios salariais da categoria, o que para nós é muito grave”, ressaltou.
Os militares farão um acampamento em frente à Governadoria a partir da manhã do deste sábado (24) para protestar contra o que chama “descaso do governo com a situação da corporação”.
“Vamos decidir amanhã com muita tranquilidade o que faremos, mas agora existe um indicativo bem mais forte para esta paralisação” avisou Marques.
A aprovação da Lei de Promoção de Praças pela Assembleia Legislativa ocorrida na terça-feira (20) é apenas um dos 11 pontos da pauta de assuntos que os praças esperam ter resolvidos com o Governo do  Estado. Eles também têm como prioritária a reposição do subsídio em 56,7%, que há mais de dois anos não é feita pelo Estado.
Além disso, os militares reivindicam o pagamento das diárias operacionais que estão em atraso, admissão de etapa alimentação como verba indenizatória, revisão da carga horária, complementação dos efetivos de acordo com o previsto nas leis de fixação, a partir da
convocação dos 824 PMs concursados. Também pedem assistência à  saúde psíquica dos policiais e bombeiros militares, uma vez que não há psiquiatras ativos no Hospital Coronel Pedro Germano (Hospital da Polícia) há anos, dentre outros pontos.

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