Especialistas em segurança pública apontam desafios do futuro governador do RN
Ações emergenciais precisam ser realizadas, mas é fundamental investimentos na prevenção.
Por Thyago Macedo
O Portal BO ouviu alguns especialistas em segurança pública no Rio Grande do Norte para saber o que eles esperam do novo governador eleito, Robinson Faria, para os próximos quatro anos. Todos ressaltaram a necessidade de investimentos para controlar e combater o avanço da criminalidade, inclusive, com políticas públicas voltadas para o social, impedindo o ingresso de crianças e adolescentes na marginalidade.
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Cezar Alves
O primeiro passo para o novo Governo é ter a coragem de assumir politicamente que o atual modelo de gestão de segurança faliu em todos os termos. Passar a investir em educação de qualidade em escolas construídas em locais amplos e bem arborizados com equipamentos de esportes, bem como opções culturais, laboratórios de qualificação profissional em áreas diversas para que o garoto estude no horário da manhã e a tarde aprenda uma profissão, em um ambiente sadio.
Paralelo a isto, investir em políticas públicas que possibilite a reestruturação familiar para que os pais sentem à mesa para almoçar com os filhos.
Para enfrentar a tragédia do momento, de agora, ė preciso colocar os presos para trabalhar, fechando assim uma das principais faculdades de bandidos da atualidade.
Para reduzir assaltos e homicídios, o desafio deste governo será investir em Polícia Civil e Inquéritos Policiais para que os casos que já aconteceram sejam investigados e os bandidos presos. E que terminem punidos corretamente na forma da LEI.
Essa reestruturação passa essencialmente por construção de delegacias e prédios para ITEP.
Para todas estas saídas/desafios o Governo Federal dispõe de recursos, basta apenas o Governo do Estado e os municípios fazerem os projetos e trabalharem.
Os países que investiram no homem, na formação, vivem em paz. Cito Áustria, Noruega, Holanda, Finlândia, Suécia e, agora, a Nova Zelândia. Os países que seguiram o modelo americano de combate à violência estão em guerra: cito Honduras e México. Infelizmente, nosso Brasil está entrando no modelo americano, daí tantas mortes, 56 mil/ano, com destaque para o RN, BA, AL, MA.
O primeiro passo para o novo Governo é ter a coragem de assumir politicamente que o atual modelo de gestão de segurança faliu em todos os termos. Passar a investir em educação de qualidade em escolas construídas em locais amplos e bem arborizados com equipamentos de esportes, bem como opções culturais, laboratórios de qualificação profissional em áreas diversas para que o garoto estude no horário da manhã e a tarde aprenda uma profissão, em um ambiente sadio.
Paralelo a isto, investir em políticas públicas que possibilite a reestruturação familiar para que os pais sentem à mesa para almoçar com os filhos.
Para enfrentar a tragédia do momento, de agora, ė preciso colocar os presos para trabalhar, fechando assim uma das principais faculdades de bandidos da atualidade.
Para reduzir assaltos e homicídios, o desafio deste governo será investir em Polícia Civil e Inquéritos Policiais para que os casos que já aconteceram sejam investigados e os bandidos presos. E que terminem punidos corretamente na forma da LEI.
Essa reestruturação passa essencialmente por construção de delegacias e prédios para ITEP.
Para todas estas saídas/desafios o Governo Federal dispõe de recursos, basta apenas o Governo do Estado e os municípios fazerem os projetos e trabalharem.
Os países que investiram no homem, na formação, vivem em paz. Cito Áustria, Noruega, Holanda, Finlândia, Suécia e, agora, a Nova Zelândia. Os países que seguiram o modelo americano de combate à violência estão em guerra: cito Honduras e México. Infelizmente, nosso Brasil está entrando no modelo americano, daí tantas mortes, 56 mil/ano, com destaque para o RN, BA, AL, MA.
Ivênio Hermes
Vivemos um grande problema no Estado que é o índice crescente de violência homicida. Acontece que o que chega à Segurança Pública é o rescaldo do que não foi feito adequadamente em outros campos.
Priorizar a Segurança Pública é muito importante, mas para isso precisamos lembrar que é preciso investir em políticas públicas, para inclusão de jovens no primeiro emprego, reestruturação dos conselhos sociais, oferecendo cultura aos jovens e, claro, a educação.
Investindo nessas áreas, conseguiremos melhor a Segurança Pública, mas, prioritariamente, tem-se que combater a violência que já está em atuação e, para isso, é preciso reorganizar o Estado em termos de policiamento.
Defendo que seja feita uma unificação de áreas de atuação, entre a Polícia Civil e a Polícia Militar, para que possam trabalhar em conjunto.
Além disso, defendo que seja criada uma Delegacia de Homicídios efetiva e não igual a essa que está em exercício, para que ela possa atuar de maneira mais abrangente.
Devemos cuidar ainda, para que a transparência seja respeitada. Temos, inclusive, através de seminários e de comissões, conseguido a unificação do termo CVLI (classificação de Crimes Violentos Letais Intencionais), mas que ainda não teve prosseguimento porque o Ministério Público pediu vistas ao processo. Porém, acredito que se tivermos transparência poderemos direcionar melhor as políticas públicas de segurança para a resolução de problemas e o reestabelecimento da cultura de paz.
Raimundo Rolim
Espero que o novo governador priorize a área de Segurança Pública com políticas claras e objetivas, a exemplo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que implantou o Pacto pela Vida, com relação aos índices alarmantes de homicídios que ocorriam naquele Estado, bem como, se reunia periodicamente com todas as autoridades incumbidas de administrar a Segurança Pública em cada região do Estado, dando-lhes condições estruturais e cobrando resultados com produtividade.
Espero ainda investimento em tecnologia e Inteligência policial, ação emergencial necessária a qualquer política pública de governo que pretenda enfrentar a criminalidade moderna, que está dominando no país e principalmente no RN.
É importante ainda a criação urgente da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa para combater a violência homicida que assola nosso Estado. O modelo atual é querer "tapar o sol com uma peneira". Não funciona e a prova está aí. Desestruturaram as Delegacias Especializadas e Distritais que já careciam de mais efetivos e retirando os policias conseguiram deixar a situação pior.
O efetivo atual da Polícia Civil do RN é insuficiente para atender a demanda, havendo a necessidade urgente de abertura de edital para concurso público e contratação de novos Delegados, Agentes e Escrivães. E, faz-se necessário ainda, em caráter de urgência, aquisição de equipamentos básicos para qualquer policial trabalhar, como pistolas, algemas e coletes balísticos. É inadmissível ver policiais nas Delegacias de Plantão utilizando revólveres e pistolas compradas com o próprio salário.
Espero que o novo governador priorize a área de Segurança Pública com políticas claras e objetivas, a exemplo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que implantou o Pacto pela Vida, com relação aos índices alarmantes de homicídios que ocorriam naquele Estado, bem como, se reunia periodicamente com todas as autoridades incumbidas de administrar a Segurança Pública em cada região do Estado, dando-lhes condições estruturais e cobrando resultados com produtividade.
Espero ainda investimento em tecnologia e Inteligência policial, ação emergencial necessária a qualquer política pública de governo que pretenda enfrentar a criminalidade moderna, que está dominando no país e principalmente no RN.
É importante ainda a criação urgente da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa para combater a violência homicida que assola nosso Estado. O modelo atual é querer "tapar o sol com uma peneira". Não funciona e a prova está aí. Desestruturaram as Delegacias Especializadas e Distritais que já careciam de mais efetivos e retirando os policias conseguiram deixar a situação pior.
O efetivo atual da Polícia Civil do RN é insuficiente para atender a demanda, havendo a necessidade urgente de abertura de edital para concurso público e contratação de novos Delegados, Agentes e Escrivães. E, faz-se necessário ainda, em caráter de urgência, aquisição de equipamentos básicos para qualquer policial trabalhar, como pistolas, algemas e coletes balísticos. É inadmissível ver policiais nas Delegacias de Plantão utilizando revólveres e pistolas compradas com o próprio salário.
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