Delegacia de Santana do Matos investiga vídeo com fotos de adolescentes nuas
De acordo com a delegada da cidade, jovens estão usando as redes sociais para divulgar imagens pornográficas.
Por Redação
A Polícia Civil está investigando, em Santana do Matos, a circulação de um vídeo nas redes sociais, contendo fotos de adolescentes nuas ou ainda de jovens de biquíni. De acordo com a delegada Paola Maeus, a equipe da delegacia está ciente do caso e trabalhará para identificar o autor da montagem ou até mesmo quem divulgou nas redes sociais.
“Na semana passada, pais de uma das adolescentes procurou a delegacia, mas acabaram não querendo registrar o boletim de ocorrência, talvez por constrangimento. Porém, tomamos conhecimento que essas imagens estão sendo divulgadas nas redes sociais e vamos investigar, porque é crime”, comenta a delegada.
Até mesmo uma jovem que mora em Natal e que terá identidade preservada foi surpreendida com uma foto sua de biquíni nessa montagem. “Entraram no facebook, talvez, pegaram uma foto minha na praia e colocaram nessa montagem com outras meninas, algumas nuas, e até mesmo uma menina de 13 anos aparece nesse vídeo”, afirma.
A jovem contou que procurou um advogado e irá entrar com ação para processar os responsáveis. Segundo a delegada Paola Maeus, esse não é o primeiro caso envolvendo divulgação desse tipo nas redes sociais. “Recentemente, tivemos o caso de uma jovem, em Santana do Matos, que o ex-namorado divulgou imagens dela nua. Até mesmo imagem de um homem já idade nu foram divulgadas”, destaca.
Neste último caso, como envolve adolescentes, a delegada afirma que o crime se torna ainda mais grave. Ela explica que, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 241-A, é crime: “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
A pena para esse tipo de caso é de três a seis anos de prisão e multa. “Infelizmente, muitas dessas adolescentes se expõem ingenuamente, até mesmo por falta de instrução. O resultado é esse, a imagem delas sendo expostas por pessoas mal-intencionadas”, completa a delegada.
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