Páginas

segunda-feira, 16 de março de 2015

Programa do Leite “está imerso em negociatas e padece na mais completa escuridão” afirma presidente do Sinproleite


No esforço, já anunciado, de promover o resgate do Programa do Leite,  a atual administração do Estado deveria ouvir os segmentos envolvidos na base e na execução do programa, principalmente os produtores rurais. O Governo teve a feliz ideia de anunciar que o a gestão do programa voltará a ser compartilhada pela Emater e a Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). Desde 2013, a gestão estava apenas com a Emater.
O programa envolve recursos da ordem de 4 milhões de mensais e tem sido alvo, ao longo dos anos, de denúncias de má gestão e de atrasos de pagamentos.
Os segmentos envolvidos tem muito a dizer. Um deles é o Sindicato dos Produtores de Leite, cujo presidente, empresário Marcelo Passos, disse, com todas as letras, ao Novo Jornal, que o  programa “está imerso em negociatas e padece na mais completa escuridão, sem gerência efetiva do Executivo”.
Marcelo Passos oferece informações que compõem um cenário bastante preocupante: não se sabe quem, de fato, são os produtores que fornecem para o programa bancado com recursos públicos, não existe controle de qualidade nem fiscalização sobre a distribuição entre as famílias beneficiárias.
O presidente do Sinproleite defende uma redução na dimensão do programa como forma de garantir melhor fiscalização e controle.  Defende ainda o reajuste de preço. O Estado paga R$ 1,15 pelo litro de leite. O Sinproleite propõe reajustar para R$ 1,40.
Mas o que Marcelo Passos defende, principalmente, é um processo de moralização urgente.  Ele alega que, mais do que a seca ou estiagem, o que tem minado o programa do Leite é a concorrência desleal, gerada pela falta de fiscalização. “A questão é que não tem como competir com preço de produto adulterado, cuja produção é absurdamente mais barata. Com essa crise, só o que vemos são empresaas fechando e produtores sendo castigados”, alerta Marcelo Passos.
Mais claro do que isso, impossível.


Blog do BG: http://blogdobg.com.br#ixzz3Ua0cnFPZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário