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sexta-feira, 10 de maio de 2013


Três advogados são mortos no RN em 




quatro meses; OAB cobra prisões


Crimes aconteceram este ano em Apodi, Santo Antônio e Natal.
OAB diz que acompanha investigações e cobra punição para os assassinos.

Do G1 RN
Antônio Carlos foi o terceiro advogado assassinado este ano no Rio Grande do Norte (Foto: Ney Douglas e Jorge Talmon/G1)Antônio Carlos foi o terceiro advogado assassinado este ano no Rio Grande do Norte (Foto: Ney Douglas e Jorge Talmon/G1)
Antônio Carlos de Souza Oliveira, morto a tiros na noite desta quinta (9), foi o terceiro advogado assassinado no Rio Grande do Norte em quatro meses. No dia 9 de janeiro deste ano, o advogado Marcelo Roverlando Jorge de Moura, de 38 anos, foi assassinado a tiros na cidade de Apodi. A segunda vítima foi a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 36 anos, morta a pauladas no dia 14 de fevereiro dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, a 70 quilômetros de Natal.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado, é preciso rigidez na apuração dos casos. "Foram três advogados assassinados: duas execuções e um crime passional. O que a gente espera é o esclarecimento desses crimes e a punição dos culpados. Essas execuções são uma tentativa de enfraquecer a democracia”, disse o presidente da OAB/RN, Sérgio Freire.
Advogado Marcelo foi assassinado nas proximidades de sua casa (Foto: Marcelino Neto)
Marcelo Roverlando foi assassinado perto de casa
(Foto: Marcelino Neto)
Marcelo Roverlando
O advogado Marcelo Roverlando Jorge de Moura, de 38 anos, foi assassinado a tiros no dia 9 de janeiro em Apodi. Segundo a polícia, a vítima estava a duas quadras de casa, no bairro de Nossa Senhora da Conceição, quando dois homens armaram uma emboscada, o abordaram e efetuaram vários disparos. Os suspeitos fugiram numa motocicleta. Ninguém foi preso.

De acordo com o capitão da PM Inácio Brilhante, comandante do policiamento ostensivo na região, o advogado emprestava dinheiro a juros. “Suspeitamos que o crime pode ter ligação com esta prática”, disse o oficial. Ainda segundo a Polícia Militar, Marcelo já trabalhou como agente penitenciário.
Corpo de advogada foi enterrado nesta sexta (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Corpo de advogada foi enterrado em Parelhas
(Foto: Anderson Barbosa/G1)








Vanessa Ricarda
A advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, de 36 anos, morta a pauladas no dia 14 de fevereiro dentro de um motel na cidade de Santo Antônio, a 70 quilômetros de Natal.

O ex-namorado dela, o soldado da PM Gleyson Alex de Araújo Galvão, foi preso em flagrante. A Justiça acatou a denúncia feita pelo Ministério Público e ele aguarda julgamento preso no quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Advogado Anderson Miguel, o homem-bomba da operação Hígia, foi morto em 1º de junho de 2011, em Natal   (Foto: Jane Alves)
Advogado Anderson Miguel, o homem-bomba da
operação Hígia, foi morto em 1º de junho de 2011
(Foto: Jane Alves)
Anderson Miguel
Outro caso emblemático envolvendo a morte de um advogado no estado é o de Anderson Miguel da Silva, também assassinado a tiros. Ele foi morto no dia 1º de junho de 2011 dentro do seu próprio escritório, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. Um homem entrou na sala dele e disparou várias vezes. As imagens do suspeito, monitoradas por um circuito interno de câmeras, não foram gravadas pelo equipamento. Os tiros atingiram o pescoço, o tórax e os braços do advogado. A polícia afirma que até hoje não tem pistas do assassino.

Anderson Miguel ficou conhecido em todo oRio Grande do Norte como o 'homem-bomba' da Operação Hígia. Foi ele o responsável por delatar, em depoimentos prestados à Justiça Federal, um suposto esquema de corrupção dentro da Secretaria de Saúde no então governo Wilma de Faria. Além dele e da ex-mulher, a empresária Jane Alves, mais 13 pessoas foram envolvidas.
O esquema contou com a participação direta do próprio Anderson Miguel, que alegou ter pago propina durante os anos de 2005 e 2008 para que sua empresa, a A&G, conseguisse receber os atrasados e ainda renovasse os contratos firmados com a Secretaria de Saúde. O inquérito ainda tramita na Justiça Federal sob os olhares do juiz Mário Jambo.

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