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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Caso F. Gomes: advogada deixa defesa de acusado e é multada

Do:Tribuna do Norte
A advogada Maria da Penha de Araújo renunciou à defesa de Laílson Lopes, suspeito de encomendar morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes. No júri desta segunda-feira (8), a advogada alegou motivos de foro íntimo para deixar a defesa do "Gordo da Rodoviária", como é conhecido o acusado. Advogada foi multada e Laílson Lopes não será julgado hoje, mas júri continua analisando processo de João Francisco dos Santos, o "Dão", que confessou a morte de F. Gomes.

Alegando que teve os direitos cerceados durante o processo, quando solicitou a mudança do júri de Caicó para Natal, Laílson Lopes disse que pretende contratar um advogado de fora do Rio Grande do Norte para atuar no caso. O Ministério Público propôs que o defensor público que atua na defesa de Dão acumulasse também a defesa de Gordo da Rodoviária, mas o próprio defensor negou a possibilidade argumentando que as versões são conflitantes. O advogado da família de F. Gomes, Janduí Fernandes, disse que houve prazo para que o acusado mudasse de advogado e, por isso, cobrou a continuidade do julgamento.

Depois de discussão sobre o andamento do júri, o juiz Luiz Cândido Villaça adiou o julgamento sobre o envolvimento do Gordo da Rodoviária no caso, mas manteve a análise sobre a participação de Dão. Além disso, a advogada que deixou o júri foi multada em 50 salários mínimos por abandono de processo e terá 20 dias para efetuar o pagamento.

O comerciante Lailson Lopes, o "Gordo da Rodoviária", e o mototaxista João Francisco dos Santos, o "Dão", são apontados pelas investigações como mandante e executor, respectivamente, do assassinato de F. Gomes. 

Júri

Na manhã de hoje, 21 pessoas estavam à disposição para participarem do júri sobre o caso F. Gomes. Sete foram sorteadas e realizaram o juramento para decidir sobre o caso. A expectativa é que, somente com a análise do caso de Dão, o júri termine ainda nesta segunda-feira.

Memória

O jornalista e radialista Francisco Gomes de Medeiros, mais conhecido como F. Gomes, foi assassinado na noite do dia 18 de outubro de 2010, na cidade de Caicó. Ele estava na calçada de casa, na rua Professor Viana, no bairro Paraíba, quando um homem chegou numa moto e abriu fogo. Atingido por três tiros fatais, foi levado para o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos. F. Gomes tinha 46 anos, era casado com Eliane Gomes e pai de 3 filhos.

Após vários depoimentos ao delegado Ronaldo Gomes, que presidia o inquérito à época, Dão afirmou que tinha jurado de morte o comunicador desde 2007, quando foi preso por roubo qualificado depois de denúncia feita por F. Gomes.

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