Oficiais da PM criticam governo e afirmam que não têm o que comemorar no 7 de setembro
Em nota, categoria apresenta pontos que contrapõem o que é apresentado pelo governo em propagandas
Foto: Thyago Macedo / Portal BO
Após
os praças da Polícia Militar terem expressado insatisfação com o
Governo do Estado e realizado um grande ato público no dia 23 de agosto,
os oficiais da PM também demonstram preocupação com a atual
administração. Eles criticam o governo e afirmam que a categoria militar
não tem o que comemorar neste 7 de setembro.
A Associação dos Oficiais Militares do RN produziu uma nota
explicando alguns dos pontos da insatisfação. De acordo com a entidade,
que congrega os oficiais da PM e Bombeiros, há meses vem sendo pleiteada
uma reunião com o Governo do Estado para discutir questões ligadas à
segurança pública e a categoria.
“Esta desatenção do governo, que não dialoga com os oficiais,
evidencia que a situação real da segurança pública do Estado não condiz
com uma realidade que tenta ser escondida por autoridades da segurança
pública”, afirma a nota.
Com isso, os oficiais destacam que neste dia 7 de setembro, os
militares do RN não têm muito o que comemorar. A Associação apresenta
ainda, na nota, alguns dos principais pontos que são alvo de
solicitações e mostram como a realidade é diferente da propaganda do
governo.
Os oficiais pedem que o governo cumpra e aplique as promoções de
posto dos oficiais, interrompidas desde abril de 2011. Além disso, a
categoria pede que haja a revogação do Decreto 20663. “Isso é
fundamental para a redução da interferência política nas promoções dos
oficiais. Esse decreto extinguiu, ainda no governo passado, o limite
quantitativo para a promoção dos oficiais”, explica a Associação.
O objetivo dos oficiais da PM é a revogação do decreto para que
apenas 50% dos aptos a promoção possam concorrer às vagas por
merecimento e tempo de serviço. Isto, de acordo com eles, prestigiará os
oficiais que estão há mais tempo trabalhando no exercício de atividades
e diminuirá a probabilidade das indicações políticas.
Outro ponto da pauta dos oficiais é que o governo abra concurso
interno para cabos e sargentos para motivar a tropa e facilitar o
comando dos policiais.
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