Se a Polícia Militar não fosse militar, o Governo Rosalba estava encurralado
Foto: Thyago Macedo / Portal BO
A governadora Rosalba Ciarlini deve dar graças a Deus o processo de desmilitarização da Polícia Militar ainda não ter se iniciado no Brasil. Com a segurança pública em crise durante quase toda a administração dela, com aumento de homicídios, assaltos e outros crimes, a Polícia Militar continua trabalhando como pode. Mas, não pensem vocês que os militares do RN estão satisfeitos com o Governo do RN.
A única razão para não termos tido ainda uma greve dos policiais militares é justamente o militarismo. Policiais militares não podem fazer greve, pois atitudes como essa podem levar à expulsão da corporação. No entanto, assim como os policiais civis e servidores do ITEP ou até mesmo os da Saúde e Educação, os militares teriam motivos para cruzar os braços.
Hoje, o efetivo da Polícia Militar está longe de ser o ideal, o que faz com que muitos policiais sejam escalados para serviços extras, embora não recebam diárias em dia. Os soldados e cabos, que representam mais de 70% do efetivo, têm o menor salário da segurança pública e são aqueles que estão na linha de frente, trocando tiros com bandidos.
Alguns deles, inclusive, estão há 30 anos sem promoção. Vale lembrar que o último concurso para soldado da PM foi há oito anos. Em alguns batalhões, as munições não são suficientes. O combustível para as viaturas é limitado. Somente neste ano, mais de 40 policiais militares pediram dispensa da corporação. A maioria deles, sem dúvida, desestimulados com a situação.
Até mesmo os oficias da PM andam reclamando da administração de Rosalba. O problema é que, justamente por serem militares, os oficiais também não podem bater de frente com o Governo e cobrar o que falta para a Polícia Militar. O resultado disso é que eles mesmos são culpados pela sociedade pela falta de policiamento nas ruas e aumento da criminalidade.
Então, meus amigos, não tenham dúvida que se a Polícia Militar não fosse militar, o Governo Rosalba estaria encurralado. Afinal, essa corporação agrega mais de nove mil homens e mulheres que de farda e coturno têm que marchar conforme a música tocada na Governadoria.
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