Comando apura caso de estudante que diz ter sido estuprada por 3 PMs
Jovem de 18 anos conta que estava celebrando vitória do Uruguai, em Natal.
Depoimento diz que policiais a forçaram a fazer sexo dentro de uma viatura.
O Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte disse que vai apurar adenúncia de uma estudante de 18 anos que afirma ter sido obrigada a fazer sexo com três PMs na madrugada do dia 25 do mês passado no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
Segundo o coronel Francisco Araújo Silva, comandante geral da PM, independente de a jovem procurar ou não a Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública, a denúncia é grave e merece uma investigação interna. “Vamos abrir um inquérito nesta segunda-feira (7). Vou solicitar uma cópia do boletim que ela registrou na Delegacia de Plantão da Zona Sul e cobrarei a escala dos policiais que trabalharam naquela região no dia e horário em que a moça alega ter sido violentada”, afirmou.
A jovem registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e relata ter sido estuprada dentro de um carro da corporação em meio à Rua Dr. Manoel Augusto Bezerra de Araújo, mais conhecida como a Rua do Salsa, onde ela e um uruguaio comemoravam a vitória de 1 a 0 da seleção Celeste sobre a Itália. A partida, válida pela primeira fase da Copa do Mundo, aconteceu na Arena das Dunas na tarde do dia anterior.
Por estar localizada em uma região turística e concentrar dezenas de bares e restaurantes, a Rua do Salsa virou um dos pontos de encontro preferidos pelos milhares de turistas que visitaram Natal durante o período em que a cidade recebeu jogos do Mundial.
No depoimento, a estudante conta que estava acompanhada de um amigo uruguaio na Rua do Salsa quando o carro da polícia se aproximou. Ao serem abordados, ela conta que os policiais revistaram o estrangeiro e depois o mandaram embora. Em seguida, afirma que foi obrigada a entrar no veículo, onde os policiais alegaram que ela havia feito uso de cocaína. A partir de então, a jovem diz que foi forçada a fazer sexo com três PMs.
Além do abuso sexual, a estudante também afirma que os policiais a teriam agredido fisicamente e roubado dela a quantia de R$ 30. Os policiais civis que atenderam a jovem na Delegacia de Plantão contam que ela, pelo estado de choque e nervosismo, não conseguiu dar detalhes que pudessem identificar os policiais.
Segundo a Polícia Civil, após registrar a ocorrência, a estudante foi levada ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), onde foi submetida a um exame de conjunção carnal. O caso foi repassado para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), que aguarda o resultado do laudo pericial para a constatação do estupro.
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