Cabo da PM é preso por ter "falado alto" e "desobedecido" oficiais
Oficiais estavam reunidos e teriam sido “atrapalhados” por conversa dos praças.
Portal BO
Um cabo da Polícia Militar foi preso, nesta terça-feira (18), por ter falado alto, “atrapalhado” uma reunião de oficiais do 1º Batalhão da Polícia Militar e, em seguida, de acordo com alegação do capitão Renato Trovão, que deu a voz de prisão, desobedecido os oficiais. Agora, o cabo Freitas está detido na Companhia da PM em Mãe Luiza.
A advogada Kátia Nunes disse que foi informada pelo próprio cabo Freitas da prisão e foi prestar assistência a ele. “Já fizemos um pedido ao juizado militar para que ele seja liberado, até porque o tipo penal invocado em desfavor do cabo não se encontra materializado, na verdade, o que há um abuso de autoridade por parte de quem faz a acusação”, comentou.
De acordo com ela, o cabo Freitas estava em uma sala ao lado da sala onde oficiais se reuniam e, durante conversa com os colegas, o cabo teria elevado o tom da fala. “Um tenente foi até o local e pediu que eles falassem mais baixo. Então, eles diminuíram o volume, mas, com um tempo, o cabo Freitas acabou novamente elevando um pouco mais o som da voz e, foi então que recebeu a voz de prisão”, relatou a advogada.
Kátia Nunes ainda explicou que esse tipo de situação poderia ter sido resolvida administrativamente, sem a necessidade de prisão. “Está claro que o cabo não falou alto com intuito de desrespeitar nem desobedecer nenhum oficial. É inacreditável que nos dias de hoje ainda haja esse tipo de comportamento. Um policial ser preso porque falou alto e por uma questão de interpretação do oficial”, completou.
O capitão Trovão declarou no ato de prisão em flagrante que o cabo Freitas teria desobedecido, pois, após algumas solicitações de silêncio e, depois de dois pedidos para que o cabo se retirasse da sala onde estava, ele se negou e pediu que esperasse terminar de conversar com outro colega.
O mesmo foi relatado pelo tenente Vinicius, outro oficial que também teria pedido para o cabo Freitas e os demais praças falassem em tom mais baixo, pois “estavam conversando em um tom inadequado para um ambiente de serviço administrativo”. O tenente Vinícius também alegou que ele e o capitão Renato Trovão pediram que o cabo Freitas se retirasse da sala e, diante a negativa, acabaram entendendo que houve desobediência.
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