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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quatro detentos são mortos durante briga de facções em presídio no RN

Após as mortes, detentos se rebelaram e exigiram presença da OAB.
Houve negociação e o controle na Cadeia Pública de Caraúbas foi retomado.

Anderson BarbosaDo G1 RN
Policiais militares e agentes penitenciários retomaram o controle da Cadeia Pública de Caraúbas (Foto: Divulgação/PM)Policiais militares e agentes penitenciários retomaram o controle da Cadeia Pública de Caraúbas (Foto: Divulgação/PM)
Quatro presos foram mortos e quatro feridos neste domingo (16) durante uma briga entre membros de facções criminosas rivais dentro da Cadeia Pública de Caraúbas, na região Oeste do Rio Grande do Norte.
O confronto começou por causa da transferência de um interno que faz parte de uma facção para uma ala que é dominada por um grupo rival. Ainda na noite do sábado (15), este preso que iria trocar de pavilhão foi levado para o setor de triagem. Lá ele foi reconhecido pelos rivais e acabou sendo agredido. Os agentes o devolveram para a ala de onde ele havia saído e os demais detentos ficaram sabendo que ele havia apanhado. Daí, já no final da manhã deste domingo, os presos quebraram as grades das celas e partiram para vingar o colega. Foi quando houve o confronto", explicou o delegado Erick Gomes. "Depois, houve uma negociação com a presença de representantes da OAB e o controle da unidade foi retomado", acrescentou.Os mortos foram identificados como Antônio Edigleidson de Souza, o Ceará, de 27 anos; Genilson Bezerra de Oliveira, mais conhecido como Assuzinho ou Quinho, de 36 anos; Gledstone Clementino Araújo, chamado de Jacaré, de 36 anos; e João Paulo Silva Dias, o JP, de 38 anos.
Presos feridos durante o confronto foram socorridos ao hospital da cidade (Foto: Divulgação/PM)
Presos feridos durante o confronto foram levados
ao hospital da cidade (Foto: Divulgação/PM)
Mais cedo, também em contato com o G1, a diretora da unidade havia dito que os internos só encerrariam a rebelião com a presença de representantes da comissão de Direitos Humanos da OAB. “É o que eles querem, uma garantia de que terão a integridade física resguardada", disse Ivna Benevides.
Ainda de acordo com o delegado, os presos feridos foram socorridos ao hospital da cidade e devem ser ouvidos no início da semana. "Agora iremos trabalhar para identificar os responsáveis pelas mortes. Quatro pessoas foram assassinadas. Os que sobreviveram podem colaborar com as investigações. Pelo menos é o que nós esperamos. Também vamos ouvir, já nesta segunda (17), a direção da cadeia e os agentes penitenciários", acrescentou Erick Gomes.
A Cadeia Pública de Caraúbas tem capacidade para 96 internos, mas atualmente possui 170 presos. A unidade, que em maio foi parcialmente interditada pela Justiça, encontra-se impedida de receber novos apenados.
Cadeia Pública de Caraúbas (Foto: Maykon Oliveira)Cadeia Pública de Caraúbas (Foto: Maykon Oliveira)

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