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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sinpol afirma que não aceitará presos em delegacias

Sindicato alega que enfrentará “decisão ilegal” da Sejuc .

“Delegacia não é presídio ou cadeia pública, e o policial é para investigar”. Foi com essa fala que o presidente do Sinpol/RN anunciou o posicionamento da categoria face à decisão que impedirá o recebimento de presos nas unidades prisionais do Estado. Para Djair Oliveira, o Governo, em especial a Sejuc, tem que assumir tal responsabilidade, já que ela é estabelecida por Lei.

O Sinpol lembra que a decisão do Dr. Henrique Baltazar não pode respingar na Polícia Civil, vez que existe decisão maior e já ratificada pelo TJRN, STJ e STF (Ação Civil Pública Nº 001.06.026377-7 que foi movida pelo MPRN), a qual já transitou em julgado, na qual decidiu que “policial civil do RN não deve mais custodiar presos de justiça”.

Na ocasião, o Sinpol ratifica o posicionamento da Delegacia Geral, vez que, o delegado Fábio Rogério garante em entrevistas na imprensa que não aceitará que policiais civis sejam vigias de presos, citando que: “Eles (referindo-se aos integrantes da Sejuc) têm que assumir a responsabilidade pelos presos. Não vou admitir este desvio de função dos policiais civis.”

O Sinpol lembra ainda que atualmente o Governo do Estado devolveu R$ 47 milhões ao Governo Federal, por não ter apresentado um programa de reforma, ampliação e construções de novas unidades prisionais, demonstrando, pois, a generalização da incompetência, bem como demonstra a falta de vontade política para resolver o problema ora em questão.

“Contudo lembramos que a mobilização é, na maioria das vezes, a arma eficaz para a manutenção da democracia, a qual vem “apanhando” (e muito) de governos incompetentes que, às vezes, não tão alicerçadas na verdadeira justiça. A palavra agora está com o Governo do Estado, na ocasião em que se faz o seguinte questionamento: onde ficarão os presos de justiça a partir de amanhã? Porque nas delegacias de policia civil, eles não ficarão”, destaca o Sinpol, via nota encaminha à imprensa.
A entidade informou também que tomou medidas no início da tarde desta terça-feira (07), tendo protocolado ofícios solicitando reuniões de urgência com a procuradora-geral de Justiça Adjunta, Maria Auxiliadora de Souza Alcântara (Ministério Público) e com o juiz da 12ª Vara de Execuções, Henrique Baltazar, responsável pela decisão de interditar Alcaçuz, a entidade emitiu Nota à Opinião Pública.
 *Fonte: Assessoria / Sinpol-RN

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